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Doutor Jivago é um romance que resgata o século XIX em um pano de fundo muito pronunciado da transição da Rússia czarista para a emergência da Revolução Russa.
O diretor, David Lean é um especialista em grandes tomadas, paisagens que vão de desertos a florestas equatoriais, sempre envoltas com o mistério da natureza frente a momentos limites, como aqueles que se vive em guerras. Foi assim em A Ponte sobre o Rio Kway e Lawrence da Arábia, outros clássicos dirigidos por ele. As várias loucuras das guerras são expostas neles e a crítica parece ser maior do que a simples leitura de suposto macarthismo no filme.
Vai além, porque resgata a fome, a miséria, o massacre de trabalhadores e a derrocada do czarismo. A guerra civil entre russos brancos e vermelhos permite o entendimento do início da União Soviética, os excessos e o aumento da opressão e da crescente falta de liberdade de expressão no capitalismo de Estado naquela sociedade de tipo oriental. A cena final mostrando a usina hidreelétrica e o trabalhador padrão permite observar uma suave crítica política do diretor e do autor da obra ao modelo social da época.
O amor entre os dois principais atores percorre a estória e desliza por paisagens e locais lindos, gelados, pradarias verdes e sua tensão permanente foi muito bem desenvolvida por Shariff e Christie. Muito elegante esse filme.
Mais em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4754/
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